Eis que Ed Pessoato retribuiu o presente:
Benilton,
fazes um bem ao laboratório da imaginação. Estimulas-me a querer ter em maõs um
cacho de parlaliasias (cujo significado desconheço), cacho que somente um
galho/ramo de palavras vagas podem me entregar pela voz de um poeta. Delicio-me
de ouvir/ver/tocar-com-os-pés-e-mãos-de coração rude-e-desentregue tais
palavras, cujas cócegas sangram a até não mais conter a ferida do sorriso seco.
21/05/2012
Benilton Cruz publicou o seguinte texto no site maltadepoetas.wordpress.com:
O poeta não sabe saber ser. Não sabe ser porque tem que oscilar e escrever. Escrever é não saber. O poeta escreve para que as palavras tenham sabor e não saber. Escreve para que o amor possa ser amor. Escreve para a beleza aparecer e ser. Escreve para dar sentido à ilusão do sentido. Como pode dizer a linguagem se ela é criação, mera passagem? O poeta calibra a miragem cuja palavra lhe é a perniciosa grade.
O poeta não sabe saber ser. Não sabe ser porque tem que oscilar e escrever. Escrever é não saber. O poeta escreve para que as palavras tenham sabor e não saber. Escreve para que o amor possa ser amor. Escreve para a beleza aparecer e ser. Escreve para dar sentido à ilusão do sentido. Como pode dizer a linguagem se ela é criação, mera passagem? O poeta calibra a miragem cuja palavra lhe é a perniciosa grade.
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