E o poder hein, gente? Que
maravilha, né? Faz um bem danado, né não? Faz sim! Dá um conforto. Dá tanta
segurança. Ah! O poder. É tão bom ter poder! Dormir, acordar, comer, beber, dormir...
E o poder ali ao lado, sempre à disposição.
Tem dia que a gente acorda
assim, com o poder batendo à porta, pedindo pra ser lapidado. Isso pede um atributo
maior, gente! É o podeeeer! O poder que resolve tudo e pronto! De onde ele vem?
Quem é que se importa? Ele é que é. E isso é o tudo. E que esse tudo esteja sob
meu domínio. Do bem ou do mal. O que importa é o poder!!!!!
Eterna busca. Momento
presente. No passado e no aqui e agora simplesmente, sempresmente,
poderosamente. E como o desejamos!!! Sim! Se você não deseja, eu desejo e quero
sim! Nasci pra essa revelação! De que forma for, qualquer cor e odor. Qual o
caminho? Que seja qualquer um.
Abram alas para o poder! Despojado,
declamado, decretado, inventado, coligado, assumido, revelado, sem pudor, ensimesmado,
intolerante, cabisbaixo, torto, desinteressado, e, ainda assim, bem ou mal amado.
Salve o meu poder, entre irmãos, entre amigos, entre amantes, cabeça, pernas, tronco
e mãos que assinam e acenam ao poder.
Salve o poder e seus
efeitos colaterais: adulação/bajulação/puxa-saquismo, fanatismo, lealdade,
traição, corpos cansados e olhos obsequiosos, na plataforma da existência dos
acontecimentos ou no vale dos esquecidos.
Algumas pessoas preferem
personalizar o poder. É por aqui e é desse jeito. Não importam as
consequências. Daí, é o que se vê: eu, você e tantos outros diluídos em
conflitos prósperos.
E o mito do retorno ao
tempo em que sempre tivemos poder? Lá onde a gente vivia bem e sabia disso? No
centro do poder. Retornaremos um dia para lá? Eis o mistério do poder. Do
podeeeeeeer!