15/04/2021

SALVE O PODER!

E o poder hein, gente? Que maravilha, né? Faz um bem danado, né não? Faz sim! Dá um conforto. Dá tanta segurança. Ah! O poder. É tão bom ter poder! Dormir, acordar, comer, beber, dormir... E o poder ali ao lado, sempre à disposição.

Tem dia que a gente acorda assim, com o poder batendo à porta, pedindo pra ser lapidado. Isso pede um atributo maior, gente! É o podeeeer! O poder que resolve tudo e pronto! De onde ele vem? Quem é que se importa? Ele é que é. E isso é o tudo. E que esse tudo esteja sob meu domínio. Do bem ou do mal. O que importa é o poder!!!!!

Eterna busca. Momento presente. No passado e no aqui e agora simplesmente, sempresmente, poderosamente. E como o desejamos!!! Sim! Se você não deseja, eu desejo e quero sim! Nasci pra essa revelação! De que forma for, qualquer cor e odor. Qual o caminho? Que seja qualquer um.

Abram alas para o poder! Despojado, declamado, decretado, inventado, coligado, assumido, revelado, sem pudor, ensimesmado, intolerante, cabisbaixo, torto, desinteressado, e, ainda assim, bem ou mal amado. Salve o meu poder, entre irmãos, entre amigos, entre amantes, cabeça, pernas, tronco e mãos que assinam e acenam ao poder.

Salve o poder e seus efeitos colaterais: adulação/bajulação/puxa-saquismo, fanatismo, lealdade, traição, corpos cansados e olhos obsequiosos, na plataforma da existência dos acontecimentos ou no vale dos esquecidos.

Algumas pessoas preferem personalizar o poder. É por aqui e é desse jeito. Não importam as consequências. Daí, é o que se vê: eu, você e tantos outros diluídos em conflitos prósperos.

E o mito do retorno ao tempo em que sempre tivemos poder? Lá onde a gente vivia bem e sabia disso? No centro do poder. Retornaremos um dia para lá? Eis o mistério do poder. Do podeeeeeeer!